domingo, 27 de fevereiro de 2011

Em primeira pessoa

Era uma vez uma moça que não gostava de escrever em primeira pessoa.
Foi quando, muito apaixonada por ela mesma, virou uma tremenda egoísta e achou que podia ser matéria de si própria.
Ora, quanta pretensão! Mas não se importava, queria mesmo era se ver traduzida em palavras, das quais tanto gostava.
E assim, de palavra em palavra, se construía como protagonista de uma história cheia de personagens que traziam beleza e leveza ao seu caminho. Com eles, ela escolheu seguir junto, na alegria e na tristeza (para ela essa frase fazia mais sentidos nas amizades do que nos casamentos).
Se fazia viva, cheia de sentimento, agora, sempre em primeira pessoa.

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