sexta-feira, 27 de maio de 2011

Metalinguístico

Naquela pontinha do mundo - que era quase o fim do mundo - alguém gostava de poesia.
A palavra fazia companhia e derramava beleza sobre os dias frios e solitários.
"Quem escreve? Acho bonito que só." - pensava.

Lá do outro lado, num lugar muito caloroso e cheio de sentido, quem escrevia se esmerava em construir coisas bonitas de ler, pensando: "Pode ser. Palavra é coisa difícil, mas a gente vai juntando e uma hora sai o que pode fazer a alma de alguém sorrir. Porque escrever para o coração ainda é fácil, igual lápis sobre papel. Agora escrever para a alma é que nem dedo no ar: ninguém vê o que sai, mas ver, não precisa, precisa sentir."

E o leitor-da-ponta-do-mundo agradecia, sentindo quentinha a alma.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Diálogos inúteis - parte II

- Não podemos ficar juntos.

- Porque? Somos irmãos??

- (Silêncio)...