sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Em letras

Leia-me. Mas leia-me inteira, desde o rascunho manuscrito e por muito borrado pelas correções. Leia-me imperfeita, com erros. Leia-me com as passagens bonitas, as melancólicas, as depressivas, as exaustivas, as intermináveis, as aventureiras, as divertidas. Leia-me. Leia-me todos os dias porque igual eu nunca serei. Leia-me dormindo, nessas horas o devaneio é permitido. Leia-me sonhando e construa quem você quiser. Leia-me quando acordado, o real é muito melhor. Leia-me andando na rua. Tropece por isso, mas continue lendo e descobrindo. Leia-me no trabalho, seu chefe detestará, mas isso pouco importa. Desfrute página por página.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Diálogos inúteis - parte III

- Eu acho que as pessoas deviam colocar uma pedra no passado.

- Eu já acho que elas deviam era jogar uma pedra na cabeça desse tal "passado".

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Dos alarmes da vida

A sirene lhe abriu os olhos, enquanto escancarava os ouvidos. Soava como um alarme ininterrupto de "pare, é uma emergência". O barulho ensurdecedor ia tomando suas idéias, paralisando suas ações quando, num ímpeto, largou todos os seus papéis, todas as suas funções e disse: "dá licença, vou ser feliz".
Ninguém entendeu nada.